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FESTIVAL TREMOR ANUNCIA 18 NOMES PARA O CARTAZ DE 2020

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.

Juana Molina, Kathryn Joseph, Föllakzoid, Gabber Modus OperandiLarry GusMadMadMadMC Yallah & DebmasterPeladaRomero MartínSessa e Vanishing Twin são os nomes internacionais confirmados hoje, aos quais se juntam também os nacionais Lena D’ÁguaSolar CoronaAngélica SalviConferência Inferno e Dirty Coal Train. O anúncio de hoje do Festival Tremor fecha as contas com os açorianos Lil Kyra e In Peccatvm, estando reservadas para os próximos meses novas confirmações.

Foi um dos grandes regressos da música nacional deste ano. Depois de integrar um sem número de projectos, do rock ao jazz, de se encontrar no palco com a nova geração da música portuguesa, Lena D’Água entrou em 2019 disposta a dar corpo a uma grande festa. Desalmadamente chegou aos escaparates em Maio, trinta anos depois de Tu Aqui, o último disco em nome próprio. Ao lado da sua nova banda nuclear (construída no esqueleto dos They’re Heading West), João Correia, Mariana Ricardo, Francisca Cortesão e Sérgio Nascimento, e com dedo de produção de Benjamin, o novo disco lança as pistas para um novo olhar sobre a carreira de Lena.

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.
Lena D’Água no Festival Tremor 2020

As dez canções, compostas por Pedro da Silva Martins dos Deolinda, dessamarram-se de nostalgias e desafiam-nos, sem medo, à (re)descoberta de uma das mais importantes vozes da música portuguesa das últimas décadas. É também um dos mais interessantes registos de 2019. Phantone, álbum de estreia de Angélica Salvi, é um resumo inquestionável para a habilidade única que a artista espanhola (a residir no Porto desde 2011) tem para comunicar e se expressar livremente através da harpa. Gravado durante o Encontrarte de Amares, no Mosteiro de Rendufe, o registo procura a liberdade sonora e de como o som pode habitar um espaço com diferentes camadas e alusões a diversas caminhos.

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.
Angélica Salvi – © Foto de Renato Cruz

Ainda no universo da música que explora a rara simplicidade, estreia nacional para Juana Molina Sessa, dois dos mais interessantes músicos da actualidade da América Latina, e de Kathryn Joseph, cantora e compositora escocesa que a imprensa internacional tem comparado a nomes como Joanna Newson, Björk ou Anohni, galardoada com o Scottish Album of the Year.

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.
Juana Molina

Kathryn Joseph

Culturas em colisão ou música em corrida rumo à demência, será mais ou menos por aqui que encontraremos o quarteirão ocupado por estes Gabber Modus Operandi. Nascidos de uma Indonésia de espartilhos muçulmanos, carregada pela história longa de domínios colonialistas, fustigada pelas heranças de dois líderes autoritários, a música que fazem não está pronta para se aninhar debaixo de qualquer rótulo. Ritmos alucinantes, debitados à velocidade do gabber, correm debaixo de melodias que ressoam a dinâmicas de festas rave.

Foi também na cena underground, desta feita em Montreal, que o duo Chris Vargas e Tobias Rochman começou a crescer. Algures entre a diversidade de propostas que habitam as festas e raves nas partes mais escondidas da cidade, actuaram ao lado de djs, punks e os mais experimentais performers da electrónica. Quando editaram Movimiento para Cambio, o longa duração de estreia sobre o alias de Pelada, já não havia travão para o que construíram. Aqui a música é um mecanismo vivo atento ao ethos moral e político da dupla. Vargas a debitar ideias de poder, identidade, vigilância e justiça ambiental, sob o manto quente das misturas de sintetizadores, breakbeats e ritmos em contraste de Rochman. Nestes dez temas há, assim, espaço para as mulheres, para a não binariedade, para a liberdade sexual e de género, para falar de violência (física e sexual) ou para prestar atenção ao olho do “Grande Irmão” criado pela big data. Música em busca de libertação sumarizada neste cartaz também com o trabalho de MadMadMad, dupla que tem vindo a usar a música como espaço para lidar com as suas alienações pessoais e a desordem mental da sociedade que os rodeia, e do quarteto Vanishing Twin, projecto nascido em Londres com músicos de quatro países diferentes, que presta olhar atento às incertezas criadas pelo populismo crescente no velho continente e se assume como uma banda sonora para aqueles que acreditam no sonho plurista. Fechar as contas com a estreia em Portugal, de Subservient, o mais recente disco do grego Larry Gus editado via DFA Records, que recapitula a sua vida enquanto pai, marido, artista e humano, num país ainda a apagar os fogos da sua mais mediática crise económica.

Por esta altura, tornou-se natural assumir que a água de Barcelos tem qualquer coisa de especial. Embora não saibamos o quê ao certo, verdade seja dita que o que tem feito pelo rock deste país é admirável. Os Solar Corona nasceram desse borbulhar criativo de uma cidade que mostra como se escreve rock com linha tortas. Passam pelos Açores com disco novo, Lightning One, uma viagem no topo, que transcreve numa só imagem a imensidão de estradas psicadélico-trópicas que se fundem no colectivo. Também com disco novo, regresso a Portugal do quarteto Föllakzoid com III, novo capítulo para o “cozinhado lento” que o colectivo andino tem vindo a aprimorar entre música de dança, trance e o krautrock. As despesas rock do cartaz deste ano do Tremor são assumidas ainda pelo duo Dirty Coal Train e a dupla Conferência Inferno.

Atento à produção contemporânea local, o  Festival Tremor 2020 reservará novamente espaço especial para a criação local. Este ano, a escolha dos projectos musicais açorianos a serem apresentados está a cargo de Diogo Lima, realizador local. Hoje anunciamos os dois primeiros nomes, no hip hop, o brasileiro radicado nos Açores Lil Kyra, no metal, In Peccatvm, um instituição do doom do arquipélago.

Os bilhetes para a sétima edição do Tremor já se encontram à venda na BOL, FNAC, Worten, CTT e La Bamba Bazar Store Ponta Delgada por 50 euros.

A programação poderá ser consultada aqui e os bilhetes adquiridos aqui.

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