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FESTIVAL RESCALDO | CULTURGEST

FESTIVAL RESCALDO | CULTURGEST

Música & Festivais

Data
23/02/2018 até 24/02/2018
21:30 | Sexta, Sábado
Local

Culturgest - Garagem, Lisboa

Classificação Etária
M/06 anos
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Descrição do Evento

FESTIVAL RESCALDO | CULTURGEST – GARAGEM

Sex 23 de Fevereiro
 
Vítor Rua & The Metaphysical Angels
Guitarras Vítor Rua Trompete Nuno Reis Clarinetes Paulo Galão Contrabaixo Hernâni Faustino Teclados Manuel Guimarães Bateria Luís San Payo
Depois de uma sequência de discos nos quais a guitarra se constituía como elemento exclusivo, meditativo e mediador na forma como moldava o silêncio e a ausência (conferir o belíssimo Heavy Mental, por exemplo), Vítor Rua regressou no final de 2017 com um álbum duplo cujo título desvenda desde logo o novo rumo tomado (Do androids dream of Electric Guitars?). A guitarra é, novamente, a voz principal, quer nas versões solo quer nas interpretações do grupo que constituiu para o acompanhar (Hernâni Faustino no baixo, Paulo Galão nos clarinetes, Nuno Reis na trompete, Luís San Payo na bateria e Manuel Guimarães no piano – os Metaphysical Angels) e que subirá ao palco na garagem da Culturgest, mas a este quasi-maximalismo de meios não corresponde necessariamente uma música de sobreposições ou de volumes exacerbados, antes uma circularidade de movimentos aparentados dos vários jazzes – com curiosas reminiscências de um certo som de Chicago na década de 1990 que ajudou a cunhar uma das linhagens do que veio a chamar-se post-rock – precisamente aquela que unia a escola jazzística com as várias linguagens da improvisação não-idiomática e da composição contemporânea. Uma surpresa, vinda de um músico que constantemente se reinventa.
 
Citizen:Kane & Hobo
Eletrónicas Marco Guerra, Zé Diogo
Lançado nos primeiros meses de 2017, Lo-fi Expeditions é um dos objetos discográficos mais inesperados e inclassificáveis do ano que celebramos. Unindo dois produtores (Marco Guerra aka Citizen:kane e Zé Diogo Mateus aka Hobo) que celebram as fontes sonoras sintéticas como matéria-prima dançável (e que gravitam ambos em volta do trabalho persistente e meritório da promotora e editora Fungo), esta colaboração resulta numa música alienígena, fascinante e mais indicada para a contemplação extática (e estática) do que para as pistas de dança. Pontos de contacto, se os há, poder-se-ão encontrar no trabalho mais abstrato e de temática interplanetária de Jeff Mills, curiosamente ou talvez não um músico (um mestre!) que do dancefloor se “lançou” para o espaço sideral.
 
Mmmooonnnooo + Quim Albergaria
Eletrónicas Daniel Neves Bateria Quim Albergaria
Daniel Neves aka Mmmooonnnooo é um dos nomes emergentes de uma Lisboa cuja riqueza nos mais diversos extremos e fronteiras da criação “sem género” deve, definitivamente, ser objeto para um estudo aprofundado. O músico é autor de uma eletrónica que deixa transparecer a sua educação “metaleira” – ambiental, hipnótica, mas sempre sustentada por uma base rítmica crua e assertiva – validada e aprimorada pela residência na Red Bull Music Academy de Tóquio que efetuou em 2015, e ampliada na sua dimensão colaborativa em vários encontros ao vivo com outros nomes da nova geração lisboeta (como Polido ou OWWK). O seu percurso, curto mas rico, atinge no entanto o seu zénite no cruzamento com um dos músicos e bateristas marcantes de uma geração-chave em todas estas movimentações atuais – Joaquim Albergaria – que com o seu músculo distintivo oferece uma propulsão rítmica única que transporta esta eletrónica rugosa e desafiante para uma dimensão física e psíquica simultaneamente subterrâneas e estratosféricas.
 
Sáb 24 de Fevereiro
 
EITR + Gabriel Ferrandini
Saxofones, eletrónica Pedro Sousa Gira discos Pedro Lopes Bateria, percussão Gabriel Ferrandini
O duo EITR é um dos projetos com maior longevidade no seio da riquíssima “cena” de jazz e música improvisada de Lisboa, ainda que o número de edições ou aparições públicas não o faça parecer. Unindo Pedro Lopes, originalíssimo giradisquista radicado em Berlim, ao saxofonista Pedro Sousa, nome que cada vez mais dispensa apresentações tal é o alcance, volume e qualidade do seu trabalho junto dos vários jazzmen nacionais e internacionais de relevo nos últimos anos, a música dos EITR é um OBJETO vivo, em permanente mutação, movendo-se entre as linguagens que mais facilmente reconhecemos como eletrónica, como ambientou como jazz sem, todavia, se fixar num patamar que permita a catalogação. Após integrarem, merecidamente, o cartaz do último Jazz em Agosto, apresentam-se neste Rescaldo fiéis à sua inclassificabilidade, com a presença do prodigioso baterista e percussionista Gabriel Ferrandini a prometer ainda mais territórios por cartografar e mais interações tímbricas e rítmicas inusitadas e inexploradas por revelar.
 
Farwarmth
Eletrónicas Afonso Arrepia Ferreira
Afonso Ferreira é um dos músicos e agentes culturais de uma novíssima geração de agitadores na capital, quer enquanto promotor ligado à editora Alienação (cujo trabalho tem vindo a ser fulgurante e meritório na promoção de uma certa eletrónica paisagista mas inquieta), quer enquanto figura tutelar do projeto Farwarmth, cujo percurso ao longo do último ano conheceu uma série de pontos altos, com concertos marcantes no Festival Múltiplo ou na Galeria Zé dos Bois (na primeira parte de Kara-Lis Coverdale), entre muitos outros. O álbum Beneath the Pulse, de finais de 2016, constitui um primeiro e rico capítulo numa música cujas texturas declaradamente digitais (ainda que várias das fontes sonoras tenham proveniência acústica) deixam transparecer um desejo de organicidade, luminosidade e revelação bucólica que parece apontar a direção dos seus caminhos futuros.
 
10.000 Russos + Jonathan Uliel Saldanha
Guitarra elétrica Pedro Pestana Baixo André Couto Bateria, voz João Pimenta Eletrónicas Jonathan Uliel Saldanha
Uma colaboração inédita e, no mínimo, imprevisível entre dois altos representantes da contemporaneidade criativa na cidade do Porto, e um concerto no qual, adivinhamos, o conceito de “espaço” desempenhará um papel fundamental. Se, por um lado, a música dos 10.000 Russos – trio cuja justíssima afirmação a nível nacional e internacional (mais de uma centena de concertos pela Europa, no ano que passou) tem sido fulgurante –, opera numa relação aparentemente contraditória entre a claustrofobia e a expansividade e entre o pendor noir associado ao post-punk e a explosão de cor aparente do psicadelismo, já as criações do compositor Jonathan Uliel Saldanha se assumem como celebrações da arquitetura física e emocional dos locais e da memória, evidentes nos vários trabalhos comissionados que tem vindo a desenvolver com coros de várias dezenas de membros, em espaços performativos inusitados e plenos de história. Trata-se, então, de um encontro entre músicos que trabalham a espacialização do som de formas muito diferentes (com movimentos “de dentro para fora”, num caso, e de “fora para dentro”, no outro), e entre correntes aparentemente tão díspares como a metronomia do rock e as pontas soltas do dub. Uma colaboração, como dissemos, inédita, imprevisível e certamente surpreendente. A não perder por razão alguma.

Informação Extra:

Acesso de Mobilidade Reduzida, Autocarros, Bares, Comboios, Estacionamento, Metro, Restaurantes

Morada:

Rua Arco do Cego 50, 1000-300 Lisboaisboa

Coordenadas GPS:



Transportes:

Autocarro: Carreiras 736, 738, 744, 749*, 754* e 783; Praça de Londres: 722 e 767; Avenida de Roma: 735 e 767
Metro: Linha Amarela - Campo Pequeno

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