FERNANDO TORDO | CASINO DA PÓVOA

Descrição do Evento

FERNANDO TORDO | CASINO DA PÓVOA – Fernando Tordo recorda as composições e as memórias que guarda dos anos em que criou canções com José Carlos Ary dos Santos, poeta com quem manteve uma intensa parceria ao longo de quase duas décadas.

Primeiro nasciam as músicas, compostas por Tordo, e era sobre estas que Ary dos Santos escrevia as letras. Desta colaboração brotou um vasto e intemporal repertório, do qual fazem parte temas como “Cavalo à Solta”, “Estrela da Tarde” ou a incontornável “Tourada”.

“Ary dos Santos: As Histórias das Canções” é mais do que um concerto. Trata-se da narração de um encontro que marcou a música portuguesa. Cada canção preserva uma memória. E são as histórias desta união que Fernando Tordo promete contar, antes de nos fazer mergulhar nas luminosas composições.

NOTAS

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Nasceu em Lisboa em 1948 e iniciou a sua carreira em 1965 no conjunto “Os Deltons”, transitando depois para “Os Sheiks” em 1966. Em 1968, Fernando Tordo inicia a sua carreira como compositor, vendo as suas primeiras canções orquestradas pelo “príncipe” dos orquestradores portugueses, Joaquim Luiz Gomes. O seu primeiro LP é lançado com todas as músicas da sua autoria e textos de José Carlos Ary dos Santos, ficando a orquestração a cargo do maestro canadense Dennis Farnon.

Em 1971 recebe o prémio de melhor compositor e intérprete e conquista o 3º lugar no Festival RTP da Canção, com a célebre “Cavalo à Solta”, ainda hoje considerada uma pérola da história da canção em Portugal. Em 1973 regressa ao Festival RTP da Canção e conquista o 1º lugar com “Tourada”. Cantada ao vivo no canal televisivo comandado pelo regime, enquanto 6 milhões de portugueses assistiam ao vivo. A canção tornou-se num sinal gritante do fim da ditadura.

Gravou 2 CDs no mais famoso estúdio de gravação do mundo, Abbey Road, um deles junto com a National Youth Jazz Orchestra e outro com o Maestro José Calvário. Venceu dois Sete de Ouro com os seus trabalhos “Anticiclone” e “Ilha do Canto”, fez música para doze Prémios Nobel da Literatura e gravou em Barcelona, com arranjos de Josep Mas Kitflfus, o CD “Tordo canta Nobel”, que é imediatamente editado pela Fundação Autor da SGAE, Sociedade de Autores da Espanha.

Fez televisão, literatura e artes plásticas e em 2003 é condecorado pelo Presidente da República Jorge Sampaio como Comendador da Ordem de Mérito. É também Medalha de Prata da Cidade de Lisboa.

Em 2013 prossegue com os concertos e convida nomes como Rodrigo Costa Félix, Marta Pereira da Costa, Luísa Sobral, Michel Araújo (Deolinda), entre outros. Compôs músicas para Mariza, Carminho, Simone de Oliveira, António Zambujo, Amor Electro, Paulo de Carvalho, Rita Redshoes. Ainda em 2013, cria um projeto no âmbito da tentativa de recuperação e divulgação dos cordofones portugueses, realizando concertos por todo o país.

Muda-se para o Recife, Brasil, em fevereiro de 2014 onde musicou grandes poetas brasileiros, como Drummond de Andrade, Ariano Suassuna, Vinicius de Moraes, Cacaso, Castro Alves, entre outros. Em 2016 lançou o CD “Outro Canto”, com músicas autorais composto já no Brasil, com o qual em março de 2017 foi agraciado com o Prémio Pedro Osório, promovido pela Sociedade Portuguesa de Autores.

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