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EM 56 ANOS SABE QUANTAS VEZES RECEBEU PORTUGAL UM PAPA?

Em 56 anos sabe quantas vezes recebeu Portugal um Papa? Na véspera de mais uma visita de um Santo Padre, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude 2023, estas visitas revestiram-se sempre de preocupações especiais, quer por parte da Igreja Católica portuguesa, quer das entidades oficiais.

Francisco é o quarto Papa a visitar Portugal (apesar de ter estado já no nosso país, em 2017, por ocasião do centenário das Aparições da Virgem Maria), depois de Paulo VI em 1967, João Paulo II em 1982, 1991 e 2000, e Bento XVI em 2010. Vieram sempre por ocasião das celebrações religiosas do 13 de Maio em Fátima. Em suma, Portugal recebeu seis visitas de Sua Santidade, nos últimos 56 anos, através de quatro diferentes Papas. Prepara-se agora para receber a sétima visita de 02 a 06 de Agosto.

O Papa Paulo VI, foi o primeiro Papa a visitar Portugal de 12 a 13 de maio de 1967, por ocasião do 50º aniversário das aparições de Nossa Senhora de Fátima. Foi uma visita envolta em grande polémica, numa situação de crise entre o regime e o Vaticano. Salazar chegou a jurar que o Papa não iria a Fátima, mas no fim o regime tentou ganhar com a visita.

Paulo VI é o primeiro Papa que começa a viajar para fora do Vaticano com alguma regularidade, contudo fez muito poucas viagens. Esta viagem a Fátima é apenas a quarta viagem que ele realiza: vai a Jerusalém, vai à ONU, mas também vai em 1963 a um congresso eucarístico em Bombaim, naquele contexto de uma política de abertura do Vaticano aos novos países independentes, em que a Índia era obviamente um país importante. Porém, a existência conflito muito grave entre a Índia e Portugal, com a invasão de Goa dois anos antes, em 1961, não caiu bem no governo português, apesar de todas as tentativas do Papa de procurar mostrar que não se tratava de um gesto hostil nem a Portugal nem ao catolicismo português, acentuando sempre que era uma viagem religiosa e não política, provocou uma forte reacção da parte de Salazar e do regime, uma reacção pública, de crítica ao Papa, bastante invulgar.

Por sua vez o Papa João Paulo II, visitou Portugal por três vezes. A primeira visita, de 12 a 15 de maio de 1982, ocorreu um ano depois do atentado de que foi vítima em 13 de maio de 1981, quando na Praça de São Pedro, o Papa foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Ağca.

No primeiro dia da sua visita a Portugal, João Paulo II esteve em Lisboa, Fátima, Braga, Vila Viçosa, Coimbra e Porto. Precisamente um ano depois do atentado sofrido, numa visita de agradecimento a Nossa Senhora de Fátima, por ter salvo a sua vida, João Paulo II sofreu em Fátima, durante a procissão das velas na noite de 12 de maio de 1982, uma nova tentativa de assassinato por parte do sacerdote católico espanhol Juan Fernandez Krohn. Nessa visita o Papa João Paulo II depositou a bala do atentado sofrido no ano anterior, no altar de Nossa Senhora de Fátima. Essa mesma bala se encontra na coroa de Nossa Senhora de Fátima no Santuário de Fátima.

 

A segunda vez entre 10 e 13 de maio de 1991, por ocasião do 10º aniversário da beatificação de Jacinta e Francisco Marto. Esteve nos Açores, na Madeira, Lisboa, tendo voltado a Fátima. Um dos pontos altos desta visita foi o encontro com os jovens realizado no Estádio do Restelo, em Lisboa, no dia 10 de maio.

A última visita de João Paulo II ao nosso país, foi de 12 a 13 de maio de 2000, por ocasião da beatificação de dois outros videntes de Fátima, Jacinta e a prima do Francisco, Lúcia dos Santos, que se tornou Irmã Lúcia. Nesta peregrinação, João Paulo II ofereceu a Nossa Senhora de Fátima o anel com o lema “Totus Tuus” que o cardeal Wyszyński lhe havia ofertado no início do seu pontificado.

Dez anos depois, em Maio de 2010, o Papa Bento XVI, visitou Portugal, numa visita que durou quatro dias e contou com passagens em Fátima, Lisboa e Porto. Esta visita aconteceu cerca de três anos antes de abdicar do cargo e se tornar o primeiro Papa Emérito dos últimos 600 anos, numa viagem que foi considerada um dos momentos mais marcantes do pontificado do Papa

Imagem: (Stefano Costantino/SOPA Images/Getty Images)

OS 10 QUEIJOS PORTUGUESES MAIS AFAMADOS

Os 10 queijos portugueses mais afamados, num país conhecido pela sua rica variedade de queijos, que vão desde os leves e suaves aos mais fortes e intensos. Aqui estão os mais reconhecidos e apreciados:

1.  QUEIJO DA SERRA – Um queijo único com um sabor extraordinário, de bouquet suave, limpo e ligeiramente acidulado, produzido na região da Serra da Estrela, com leite cru de ovelha Bordaleira da Serra da Estrela ou Churra Mondegueira. É o mais antigo de todos os queijos portugueses sendo reconhecido internacionalmente pelas suas características organolépticas. Tem um tempo de cura mínima de 30 dias, e é um queijo de pasta semi-mole, amanteigada, branca ou ligeiramente amarelada e cremosa. Acompanha com pão fresco e vinho tinto, e pode consumir-se como entrada ou mesmo como sobremesa, e como é tão cremoso que às vezes chega a derreter-se na colher é perfeito para barrar, em tostas ou em broa de milho portuguesa.

Os 10 queijos portugueses mais afamados, num país conhecido pela sua rica variedade de queijos, que vão desde os leves e suaves aos mais fortes e intensos. Aqui estão os mais reconhecidos:

 

2.  QUEIJO SÃO JORGE – O queijo de São Jorge DOP originário da ilha do mesmo nome, no Arquipélago dos Açores, é um queijo obtido a partir do leite cru de vaca, proveniente exclusivamente desta ilha. É um queijo curado, de pasta dura ou semi-dura de cor amarelada, e é considerado por muitos uma obra-prima, por ser detentor de um sabor diferenciado. As características distintivas do Queijo São Jorge DOP, devem-se também, às condições edafo-climáticas da região, que originam pastagens de culturas variadas, que influenciam positivamente a qualidade do leite. Este é um queijo forte e picante, perfeito para ser cortado em fatias finas e servido com pão ou frutas secas.

Os 10 queijos portugueses mais afamados, num país conhecido pela sua rica variedade de queijos, que vão desde os leves e suaves aos mais fortes e intensos. Aqui estão os mais reconhecidos:
O Queijo São Jorge é considerado por muitos uma obra-prima, por ser detentor de um sabor diferenciado

 

3.  QUEIJO DE AZEITÃO – Trata-se de um queijo de ovelha portuguesa, da região de Azeitão, no distrito de Setúbal. É obtido a partir de leite cru de ovelha, curado, de pasta semi-mole e amanteigada de cor branca ou ligeiramente amarelada. Possui sabor picante e, simultaneamente acidificado e salgado. As suas características organolépticas devem-se por um lado, às condições edafoclimáticas da região, que influenciam a qualidade dos pastos, e por outro à utilização de uma flor de cardo espontânea, como coagulante. Como curiosidade refira-se a propósito deste queijo de Azeitão, que ele começou a ser produzido no século XIX, pelo facto de Gaspar Henriques de Paiva, natural da Beira Baixa, ter levado para Azeitão, ovelhas provenientes da sua região, e assim elaborar queijos característicos da Serra da Estrela. Porém, pelas condições e clima da zona, cedo se apercebeu que este queijo possuía características distintivas e muito apreciadas, fácilmente reconhecidas e galardoadas. Para acompanhar este tipo de queijo, escolha um vinho branco jovem, acídulo e refrescante, um rosé fresco, frutado e elegante, ou mesmo com um espumante novo.

Os 10 queijos portugueses mais afamados, num país conhecido pela sua rica variedade de queijos, que vão desde os leves e suaves aos mais fortes e intensos. Aqui estão os mais reconhecidos:
O Queijo de Azeitão possui sabor picante e, simultaneamente acidificado e salgado

 

4.  QUEIJO DE ÉVORA – O Queijo de Évora DOP é oriundo da cidade de Évora, na região do Alentejo, é obtido a partir de leite cru de ovelha, da raça regional Merina Branca. Trata-se de um queijo DOP (denominação de origem protegida), curado, duro ou semi-duro, de cor amarelada, que vai escurecendo em contacto com o ar, sendo o seu sabor um pouco acidulado e ligeiramente picante. Pode ser consumido com pão e acompanhado por um vinho tinto.

Os 10 queijos portugueses mais afamados, num país conhecido pela sua rica variedade de queijos, que vão desde os leves e suaves aos mais fortes e intensos. Aqui estão os mais reconhecidos e apreciados:
O Queijo de Évora pode ser consumido com pão e acompanhado por um vinho tinto

 

5.  QUEIJO DO RABAÇAL – A área de produção do Queijo do Rabaçal DOP situa-se entre os distritos de Coimbra (concelho de Penela e parte dos concelhos de Condeixa-a-Nova e Soure) e Leiria (concelho de Ansião e parte dos concelhos de Alvaiázere e Pombal). São ancestrais as origens deste queijo, sendo do tipo curado de pasta semidura e dura, de cor branco-mate. É produzido de forma artesanal a partir de uma mistura de leites de ovelha e cabra por ação do coalho de origem animal. Muito do sabor distintivo deste queijo, é devido a uma planta chamada “Santa Maria”, na verdade um tomilho espontâneo, abundante nesta região, que serve de alimento às ovelhas e cabras. Pode ser consumido como entrada ou sobremesa ou como refeição ligeira.

Os 10 queijos portugueses mais afamados, num país conhecido pela sua rica variedade de queijos, que vão desde os leves e suaves aos mais fortes e intensos. Aqui estão os mais reconhecidos e apreciados:
O Queijo do Rabaçal pode ser consumido como entrada ou sobremesa ou como refeição ligeira.

 

6.  QUEIJO DE CASTELO BRANCO – O Queijo de Castelo Branco DOP é um dos três queijos da Beira Baixa de Denominação de Origem Protegida. É um queijo curado, de pasta semimole ou semidura, ligeiramente amarelada. É produzido só com leite de ovelha e tem aparência esbranquiçada, podendo ser consumido como entrada ou sobremesa e é excelente acompanhado de um bom pão e de um vinho com personalidade a condizer.

Os 10 queijos portugueses mais afamados, num país conhecido pela sua rica variedade de queijos, que vão desde os leves e suaves aos mais fortes e intensos. Aqui estão os mais reconhecidos e apreciados:
O Queijo de Castelo Branco pode ser ser consumido como entrada ou sobremesa e é excelente acompanhado de um bom pão e de um vinho com personalidade a condizer.

 

7.  QUEIJO DE SERPA –  Com origem na região de Serpa, no Alentejo, o Queijo Serpa DOP é um queijo curado, de pasta semimole amanteigada, obtida por esgotamento lento da coalhada após coagulação do leite cru de ovelha, por ação de uma infusão de cardo. O fabrico do Queijo de Serpa DOP, tem por base a receita do Queijo Serra da Estrela DOP, que se complementa com os recursos utilizados e as características edafoclimáticas desta região, tornando-o num queijo muito particular. Os queijos são guardados, pelo menos durante trinta dias nas queijarias, em ambiente fresco e húmido, até atingirem o ponto certo de maturação. A casca é lavada, de cor amarela pálida a amarelo palha, com sabor forte, picante, ligeiramente doce-azedo. O Queijo de Serpa DOP tem no vinho tinto o pairing mais recomendado quando degustado como aperitivo.

O Queijo de Serpa DOP tem no vinho tinto o pairing mais recomendado quando degustado como aperitivo

 

8.  QUEIJO TERRINCHO – Este queijo português é oriundo da região de Bragança, em Trás-os-Montes. Também referenciado como “Queijo de Freixo”, é fabricado com leite de ovelha da raça Churra da Terra Quente, com maturação entre os 30 e os 90 dias. Constitui uma denominação de origem protegida, sendo um queijo curado, semi-mole, de pasta ligeiramente untuosa, de cor branca ce uniforme, sendo o seu sabor suave. Pode ser consumido com pão e vinho, como sobremesa, merenda ou entrada.

Queijo Terrincho, um queijo curado, semi-mole, de pasta ligeiramente untuosa, de cor branca ce uniforme, sendo o seu sabor suave

 

9.  QUEIJO DE NISA – O Queijo de Nisa DOP é conhecido desde longa data na região do Alto Alentejo. É obtido a partir de leite cru de ovelha, da raça regional Merina Branca, tal como o Queijo de Évora, acima citado, sendo um queijo curado, de pasta semi-dura e cor branca amarelada com uma maturação média entre os 30 e os 40 dias. Possui sabor ligeiramente ácido e aroma pronunciado, acompanha com bom pão e melhor vinho da região de Portalegre.

O Queijo de Nisa de sabor ligeiramente ácido e aroma pronunciado, acompanha com bom pão e melhor vinho da região de Portalegre.

 

10.  QUEIJO DE CABRA TRANSMONTANO – O Queijo de Cabra Transmontano DOP, é obtido a partir de leite cru de cabra, da raça Serrana. É um queijo curado, de pasta extra-dura de cor branca e uniforme. As particularidades deste queijo devem-se à sua produção artesanal, e às características do leite utilizado. Possui um aroma agradável e intenso, e sabor limpo ligeiramente picante. Este queijo harmoniza perfeitamente com doce de figo ou mirtilo e com Vinho do Porto.

O Queijo de Cabra Transmontano é um queijo curado, de pasta extra-dura de cor branca e uniforme

 

Estes são alguns dos muitos queijos apreciados em Portugal. Cada região do país tem suas próprias variedades únicas, o que torna a degustação de queijos em Portugal uma verdadeira jornada gastronómica.

TREMOR 2022 COM 24 NOVOS NOMES NO CARTAZ

Cartaz do Tremor 2022 anuncia vinte e quatro novos nomes que se juntam, àquela que será a proposta de concertos e clubbing do festival localizado em São Miguel no Açores.

A ter lugar entre os dias 5 e 9 de abril de 2022, a experiência musical regressa, este ano, ao formato normal, com um alinhamento que percorrerá diferentes salas e espaços naturais da ilha, num esforço de criação de novos diálogos entre o território e as artes que congrega residências de criação, estreias nacionais e novos discos.

NOMES INTERNACIONAIS

Começar pelos nomes internacionais que voltam a medir o pulso a movimentos emergentes e às múltiplas identidades que tecem hoje o discurso artístico global. De Berlim abraçamos o folk futurista de Lyra Pramuk e uma música que funde vocalismo clássico, sensibilidades pop, práticas performativas e cultura clubbing contemporânea. Ainda em solo europeu, redescobrimos os espaços do post-punk e as suas novas leituras na música dos holandeses Baby’s Bersek e criamos espaço para as recontextualização que a dupla Cocanha tem vindo a fazer em torno do Occitano, a língua oficial da Catalunha Francesa, e das tradições da sua região. Num cartaz que se faz a muitas vozes, proposta de descoberta para: os quenianos Duma, dupla de noise-grindcore composta Martin Khanja e Sam Karugu, dois dos artistas no epicentro de uma nova onda de música a nascer nos centros urbanos de África; e para TootArd, banda de rock nascida nos Montes Golã, a conglomerar influências da psicadelia, da música tuareg e do reggae. Feminista, emancipado e progressivo, assim é o trabalho da marroquina (radicada en Barcelona) Ikram Bouloum, mulher de identidade muliversa, canta na sua língua materna, o Amazigh, em inglês e em catalão.

Estiveram anunciados no cartaz de 2021 do festival, mas um contratempo adiou a sua estreia nos Açores, os MadMadMad voltam ao alinhamento este ano e são uma das propostas que estão nas intersecções entre o concerto e o clubbing. Espaço este a ser ocupado também pela portuguesa Caroline Lethô, nome que se tem vindo a destacar tanto como produtora como dj na cena electrónica lisboeta.

NOMES NACIONAIS

No plano nacional, partimos de discos para falarmos de bandas. Vozes, Antenas, Fragas (2021) apresentou-nos aos novelos sonoros dos Montes de Kauê Gindri e Arianna Casellas; Xando (2021) à forma como As Docinhas rasgam as fronteiras entre o punk, o pimba ou fado; Cisma (2021) voltou-nos a trazer até ao pop pintado a insularidade dos açorianos We SeaFree Development of Delirium (2021) aos novos espaços de incerteza e desconforto na música dos The Rite of Trio, e Meia Riba Kalxa (2020) a selar a urgência das ilustrações cantadas por Tristany sobre as realidades inviabilizadas, marginalizadas e romantizadas que marcam a comunidade onde vive.

Confirmada no Tremor 2022 em abril está também a Trypas-Corassão, um projeto estético-artístico-político, que propõe uma criação híbrida de teatro-música-performance pelas mãos da performer e atriz Tita Maravilha Ágatha Barbosa, a.k.a. DJ Cigarra.

O fecho do anúncio de hoje cabe àqueles que fecharão todas as noites do festival, numa plural conjugação de festas, produtores e djs. Do Porto, chega a Kebraku com proposta de ritmos dançantes, transantes e rebolantes pelas mãos de Farofa e O Gringo Sou EU; ainda no Porto, mais especificamente Bonfim, a recém criada dupla OMNE; de Lisboa uma especial da Príncipe com DJ Firmeza, DJ Danifox e instalação de Márcio Matos e, do Uganda, um showcase da editora Nyege Nyege com Catu DiosisDe Schuurman e MCZo & Duke.

Os novos nomes juntam-se aos já anunciados concertos de Alabaster Deplume, Bitchin Bajas plays ‘Switched on Ra’, Jonathan, L’Eclair, Maria Reis, Rodrigo Amarante, Sessa, Taqbir e Victoria. Para este ano o Tremor organizará ainda cinco residências de criação que vão propor igual número de espectáculos inéditos: Associação de Surdos da Ilha de São Miguel + ondamarela + Coral de São; Atlas – São Miguel; Ece Canlı + Odete; Orquestra Modular Açoriana e Peter Evans + Rodrigo Amado + Escola de Música de Rabo de Peixe. O Tremor anunciará mais espaços de programação ainda este mês.

ARTISTAS ANUNCIADOS TREMOR 2022
Alabaster Deplume
Baby’s Bersek
Bitchin Bajas plays ‘Switched on Ra’
Caroline Lethô
Cocanha
Duma
As Docinhas
Ikram Bouloum
Jonathan
Kebraku apresenta Farofa + O Gringo sou EU
L’Eclair
Lyra Pramuk
MadMadMad
Maria Reis
Montes
Nyege Nyege apresenta: Catu Diosis, De Schuurman & MCZo & Duke
OMNE
Príncipe apresenta DJ Firmeza, DJ Danifox e instalação de Márcio Matos
The Rite of Trio
Rodrigo Amarante
Sessa
Taqbir
TootArd
Tristany
Trypas-corassão: Tita Maravilha e Cigarra
Victoria
We Sea

ARTISTAS EM RESIDÊNCIA
ASISM + Ondamarela + Coral de São José
Atlas – São Miguel
Ece Canlı + Odete
OMA – Orquestra Modular Açoriana
Peter Evans + Rodrigo Amado + Escola de Música de Rabo de Peixe

Os bilhetes para o festival custam 60 euros e podem ser adquiridos em bol.pt. Mais informações podem ser consultadas aqui.

FESTIVAL TREMOR 2020 NOS AÇORES CANCELADO DEVIDO AO COVID-19

O Festival Tremor 2020,  que se deveria realizar de 31 de Março a 4 de Abril, foi cancelado, na sequência das diretrizes estabelecidas pela, Direcção Geral de Saúde e pelo Governo dos Açores, relativamente ao esforço nacional de contenção do novo coronavírus (COVID-19).

É inegável a situação de excepção que se vive neste momento a nível mundial, que obriga a todos a adoptar medidas preventivas para evitar situações que possam acarretar consequências negativas para a saúde pública das populações nos territórios em que vivemos.

A organização tentou possível e o impossível para fazer o Tremor 2020 acontecer, mas, enquanto festival-experiência comprometido com o seu público e com os Açores, o Tremor não poderia tomar outra decisão que não a de agir de forma responsável num momento que se prevê de grandes dificuldades para o sector da cultura a nível local, nacional e internacional.

Tratou-se ainda de acordo com os promotores do festival, de uma decisão com impacto junto de todos aqueles que tinham já organizado a sua ida para os Açores e por isso, irá proceder à devolução dos bilhetes de todos aqueles que assim o desejarem, de acordo com as directrizes que pode consultar abaixo.

Fica a promessa, de fazer um Tremor diferenciado em 2021,  para que o festival regresse com uma nova proposta de programação que possa fazer de São Miguel o epicentro de uma experiência musical e cultural transformadora. Atendendo a que a decisão de cancelamento vai acarretar para a organização um esforço financeiro pesado, foi estendido o prazo de validade dos bilhetes, permitindo que os mesmos sejam válidos para a próxima edição do festival.

Procedimento para devolução de bilhetes:

Todos os que desejarem proceder à devolução do bilhete deverão realizar uma das seguintes ações no prazo máximo de 30 dias a contar da data do cancelamento.

Para bilhetes adquiridos nos pontos de venda (FNAC, CTT, WORTEN) – deverão enviar um email com o bilhete(s) digitalizado(s), sendo visível o seu código de barras e os seguintes dados: IBAN, nome completo; número do documento de identificação e número de identificação fiscal, para posterior reembolso para info@tremor-pdl.com

Para os bilhetes adquiridos na La Bamba Record Store, devem dirigir-se ao ponto de venda, para devolução do bilhete, munidos de IBAN, nome completo, número do documento de identificação e número de identificação fiscal para posterior reembolso.

Para bilhetes adquiridos na BOL Online: Serão contactados os compradores por email a partir do dia 13 de Março de 2020.

NOTA: Todas as devoluções serão realizadas por transferência bancária.

Procedimento para manutenção do bilhete e alargamento do prazo de validade por 1 ano:

Após o prazo de 30 dias os bilhetes não reclamados transitam automaticamente para a edição 2021 do Tremor, ficando os códigos de barras automaticamente atualizados para a nova sessão.

Informações ou dúvidas podem ser colocadas por e-mail para info@tremor-pdl.com.

O Festival Tremor 2020,  que se deveria realizar de 31 de Março a 4 de Abril, foi cancelado, na sequência das diretrizes estabelecidas pela, Direcção Geral de Saúde e pelo Governo dos Açores, relativamente ao esforço nacional de contenção do novo coronavírus (COVID-19).

FESTIVAL TREMOR ANUNCIA 18 NOMES PARA O CARTAZ DE 2020

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.

Juana Molina, Kathryn Joseph, Föllakzoid, Gabber Modus OperandiLarry GusMadMadMadMC Yallah & DebmasterPeladaRomero MartínSessa e Vanishing Twin são os nomes internacionais confirmados hoje, aos quais se juntam também os nacionais Lena D’ÁguaSolar CoronaAngélica SalviConferência Inferno e Dirty Coal Train. O anúncio de hoje do Festival Tremor fecha as contas com os açorianos Lil Kyra e In Peccatvm, estando reservadas para os próximos meses novas confirmações.

Foi um dos grandes regressos da música nacional deste ano. Depois de integrar um sem número de projectos, do rock ao jazz, de se encontrar no palco com a nova geração da música portuguesa, Lena D’Água entrou em 2019 disposta a dar corpo a uma grande festa. Desalmadamente chegou aos escaparates em Maio, trinta anos depois de Tu Aqui, o último disco em nome próprio. Ao lado da sua nova banda nuclear (construída no esqueleto dos They’re Heading West), João Correia, Mariana Ricardo, Francisca Cortesão e Sérgio Nascimento, e com dedo de produção de Benjamin, o novo disco lança as pistas para um novo olhar sobre a carreira de Lena.

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.
Lena D’Água no Festival Tremor 2020

As dez canções, compostas por Pedro da Silva Martins dos Deolinda, dessamarram-se de nostalgias e desafiam-nos, sem medo, à (re)descoberta de uma das mais importantes vozes da música portuguesa das últimas décadas. É também um dos mais interessantes registos de 2019. Phantone, álbum de estreia de Angélica Salvi, é um resumo inquestionável para a habilidade única que a artista espanhola (a residir no Porto desde 2011) tem para comunicar e se expressar livremente através da harpa. Gravado durante o Encontrarte de Amares, no Mosteiro de Rendufe, o registo procura a liberdade sonora e de como o som pode habitar um espaço com diferentes camadas e alusões a diversas caminhos.

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.
Angélica Salvi – © Foto de Renato Cruz

Ainda no universo da música que explora a rara simplicidade, estreia nacional para Juana Molina Sessa, dois dos mais interessantes músicos da actualidade da América Latina, e de Kathryn Joseph, cantora e compositora escocesa que a imprensa internacional tem comparado a nomes como Joanna Newson, Björk ou Anohni, galardoada com o Scottish Album of the Year.

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.
Juana Molina

Kathryn Joseph

Culturas em colisão ou música em corrida rumo à demência, será mais ou menos por aqui que encontraremos o quarteirão ocupado por estes Gabber Modus Operandi. Nascidos de uma Indonésia de espartilhos muçulmanos, carregada pela história longa de domínios colonialistas, fustigada pelas heranças de dois líderes autoritários, a música que fazem não está pronta para se aninhar debaixo de qualquer rótulo. Ritmos alucinantes, debitados à velocidade do gabber, correm debaixo de melodias que ressoam a dinâmicas de festas rave.

Foi também na cena underground, desta feita em Montreal, que o duo Chris Vargas e Tobias Rochman começou a crescer. Algures entre a diversidade de propostas que habitam as festas e raves nas partes mais escondidas da cidade, actuaram ao lado de djs, punks e os mais experimentais performers da electrónica. Quando editaram Movimiento para Cambio, o longa duração de estreia sobre o alias de Pelada, já não havia travão para o que construíram. Aqui a música é um mecanismo vivo atento ao ethos moral e político da dupla. Vargas a debitar ideias de poder, identidade, vigilância e justiça ambiental, sob o manto quente das misturas de sintetizadores, breakbeats e ritmos em contraste de Rochman. Nestes dez temas há, assim, espaço para as mulheres, para a não binariedade, para a liberdade sexual e de género, para falar de violência (física e sexual) ou para prestar atenção ao olho do “Grande Irmão” criado pela big data. Música em busca de libertação sumarizada neste cartaz também com o trabalho de MadMadMad, dupla que tem vindo a usar a música como espaço para lidar com as suas alienações pessoais e a desordem mental da sociedade que os rodeia, e do quarteto Vanishing Twin, projecto nascido em Londres com músicos de quatro países diferentes, que presta olhar atento às incertezas criadas pelo populismo crescente no velho continente e se assume como uma banda sonora para aqueles que acreditam no sonho plurista. Fechar as contas com a estreia em Portugal, de Subservient, o mais recente disco do grego Larry Gus editado via DFA Records, que recapitula a sua vida enquanto pai, marido, artista e humano, num país ainda a apagar os fogos da sua mais mediática crise económica.

Por esta altura, tornou-se natural assumir que a água de Barcelos tem qualquer coisa de especial. Embora não saibamos o quê ao certo, verdade seja dita que o que tem feito pelo rock deste país é admirável. Os Solar Corona nasceram desse borbulhar criativo de uma cidade que mostra como se escreve rock com linha tortas. Passam pelos Açores com disco novo, Lightning One, uma viagem no topo, que transcreve numa só imagem a imensidão de estradas psicadélico-trópicas que se fundem no colectivo. Também com disco novo, regresso a Portugal do quarteto Föllakzoid com III, novo capítulo para o “cozinhado lento” que o colectivo andino tem vindo a aprimorar entre música de dança, trance e o krautrock. As despesas rock do cartaz deste ano do Tremor são assumidas ainda pelo duo Dirty Coal Train e a dupla Conferência Inferno.

Atento à produção contemporânea local, o  Festival Tremor 2020 reservará novamente espaço especial para a criação local. Este ano, a escolha dos projectos musicais açorianos a serem apresentados está a cargo de Diogo Lima, realizador local. Hoje anunciamos os dois primeiros nomes, no hip hop, o brasileiro radicado nos Açores Lil Kyra, no metal, In Peccatvm, um instituição do doom do arquipélago.

Os bilhetes para a sétima edição do Tremor já se encontram à venda na BOL, FNAC, Worten, CTT e La Bamba Bazar Store Ponta Delgada por 50 euros.

A programação poderá ser consultada aqui e os bilhetes adquiridos aqui.

WINE IN AZORES – PARTIDA DE BISCA DOS 3 NOS AÇORES

De partida para mais um Wine in Azores, e depois do sucesso da primeira Bisca, o jogo continua! Desta vez os três – Nuno Nobre, gastrónomo; Luís Rodrigues, chef da Pousada de Lisboa (Pestana Hotels) e Vasco Lello, chef do Memmo Príncipe Real Hotel – vão até aos Açores para uma partida naquele fantástico evento, que se realiza na Ilha de São Miguel, no Parque de Exposições da Ribeira Grande.

Assim, de 19 a 21 de outubro, em Ponta Delgada, num pop up que promete surpreender (showcookings, tertúlias com figuras do universo gastronómico, entre outras iniciativas), vai poder provar-se um menu inspirado na cozinha tradicional do arquipélago açoreano em geral e da ilha de São Miguel em particular que tem como ponto de partida produtos regionais como o peixe (fresco e seco), o queijo, a carne de vaca, massa sovada, vários tipos de legumes e a tão local açafroa (uma especiaria única, que dá um sabor único aos alimentos).

Lado a lado com mais de uma centena de produtores de vinho que marcam presença na 10.ª edição do Wine in Azores, a ementa da Bisca dos 3 vai incluir duas sopas – Sopa de Peixe Seco da Graciosa e Sopa da Pedra Vulcânica – e as já famosas sandes Bisca mas desta vez servidas no bolo lêvedo da região. É o caso da célebre Trifana de Porco (um absoluto êxito na primeira Bisca realizada na Mouraria em junho passado), da Alcatra (com cortume e maionese de pimenta da terra), da Mística de Vaca (com ilha 24 meses e presunto de vaca) e do Prego de Lombo Açoreano (com manteiga de alho e açafroa). Mais há mais: Picapau de Polvo (com vinho de cheiro, linguiça e inhame), Chicharrinho & Chips (com maionese de algas) e outras surpresas que vão variando conforme a inspiração dos 3 da Bisca e dos produtos locais disponíveis.

No Wine em Azores vai ser assim. Para 2019 já estão a ser planeadas novas “partidas” de Bisca que vão desafiar a criatividade dos três mentores e as papilas gustativas de quem faz questão de “ir a jogo”.

FESTIVAL CALDO DE PEIXE 2018

O Festival Caldo de Peixe 2018, é um evento gastronómico que já dispensa apresentações. Por três razões essenciais: porque faz mexer a economia de uma das localidades com maior potencial dos Açores e do país – Rabo de Peixe. Porque dá a conhecer ao cada vez maior número de pessoas que o visitam como a simplicidade (de ingredientes) pode ser um incentivo à criatividade. Porque é pura diversão. Além da vertente gastronómica, há música (este ano José Cid é o grande cabeça de cartaz) e muita animação paralela (baile de pescadores, peças de teatro, DJs convidados).

Estas são apenas três motivos de peso para ir até Rabo de Peixe nos dias 20 e 21 de Julho. Na sua 6.ª edição, o Festival é mais uma vez organizado pelo Clube Naval de Rabo de Peixe e pela APRAP (Associação de Pescas de Rabo de Peixe) e promete aquele encontro perfeito entre a experiência dos homens do mar e os chefs convidados na execução dos pratos apresentados, a começar, obviamente pelo Caldo de Peixe (apresentado em várias versões) e no já famoso hambúrguer de cavala – mais um exemplo de sucesso de um prato feito à base de um produto considerado de segunda.

Provando a máxima sintonia com os grandes temas atuais – e sendo o mar o recurso quase único de subsistência da região – é de destacar a decisão de, nesta edição, se tentar evitar ao máximo o uso do plástico (responsável pelo flagelo ambiental de que tanto se fala). Assim, os pratos e talheres de plástico serão substituídos por outros em metal, cana de bambu ou cerâmica. Porque o exemplo cabe a todos.

Antes da festa no porto de pescas de Rabo de Peixe, há que assistir, na sexta-feira, dia 20 de Julho, no Cine Teatro Miramar a um seminário dedicado ao tema Mar, Gastronomia e Inovação (programa em anexo). Um conjunto notável de oradores vão abordar temas fundamentais e relevantes para o desenvolvimento da Economia de Mar. Um evento de arranque de festival imperdível.

Os preços para o evento começam nos 5 euros (informação completa no cartaz em anexo). Um preço quase simbólico quando se trata de colocar cada vez mais no mapa toda a riqueza de uma terra em pleno crescimento e que tem o enorme talento de transformar em muito tudo o que o mar lhe dá.

15 NOVOS NOMES PARA VER NO TREMOR EM MARÇO

Há mais nomes para memorizar no alinhamento do Tremor 2018 que, entre os dias 20 e 24 de Março, volta a agitar São Miguel com música, performance, conversas e cruzamentos artísticos. Do regresso dos Três Tristes Tigres às estreias de Snapped AnklesZulu Zulu Tír na Gnod, dos açorianos GoldshakeFugitivo e DJ Milhafre aos primeiros nomes de clubbing, são 15 as novidades anunciadas hoje para esta quinta edição do festival.

Depois da reunião a convite do Teatro Rivoli e do ciclo de concertos que cortou o afastamento de treze anos dos palcos, os Três Tristes Tigres chegam aos Açores, em Março, para aquela que será uma das raras oportunidades de os ver ao vivo este ano. Autores de alguma da mais intemporal música que conhecemos, a dupla Ana Deus e Alexandre Soares há muito que conquistou um lugar no pódio do imaginário cultural português. Da palavra cantada à dita, dos projectos a solo à continuidade de colaboração em Osso Vaidoso, os autores de “O Mundo a Meus Pés” são, por mérito próprio, dois dos mais criativos autores nacionais da última década, na música e nas fronteiras de cruzamentos desta com a dança, o teatro ou a literatura. Da intemporalidade à actualidade da música nacional, segundo avanço no cartaz para Bleid, produtora lisboeta que, aos 23 anos, é um dos mais interessantes nomes da nova geração da música electrónica. Fã de metal desde os 11, estudou composição clássica e, ao contrário do que seria de esperar, nunca foi fã de clubbing. Com o disco homónimo, editado na recta final de 2017, desconstrói os universos da música de dança com incursões pelo noise e a música experimental dos anos 80.

É também por paisagens distantes das suas origens que encontramos os Zulu Zulu, trio espanhol, que parte de Maiorca para África. Ritmos ancestrais, melodias luminosas, dialectos inventados e nuances psicadélicas fazem de Defensa Zebra um registo que transcende fronteiras de género e espaço. Em palco, a música transcende em performance através do trabalho da cenógrafa Victoria Gil e do artista plástico JuMu. Um cruzamento artístico que encontramos também nos Snapped Ankles, colectivo ligado ao Stoke Newington’s Total Refreshment Centre, estrutura que alimenta a nova geração de criadores do underground londrino. Cresceram por entre festas em armazéns onde várias disciplinas artísticas se cruzam, musicando, ao vivo, instalações e filmes. Daí que emCome Play The Trees, disco de estreia, materializem a criatividade de uma geração de artistas que se nega à normalização sonora e artística da urbe e se assumam, ainda que de forma não consciente, como os representantes mais visíveis do sangue criativo independente que (ainda) corre nas veias de uma cidade a braços com a gentrificação.

Fechamos a lista de destaques com uma palavra especial para Tír na Gnod, versão duo dos Gnod com Paddy Shine e Marlene Ribeiro, de um colectivo de artistas que pela constante mutação e que movido à ideia se faz esquivar a géneros e estilos de disco para disco. São eles os autores 2018 do Tremor Todo-o-Terreno, uma composição para ser ouvida durante uma caminhada por um trilho pedestre na natureza mágica de São Miguel, que se completa ao vivo, no fim do respectivo trilho.

Dos novos nomes para a 5.ª edição do Tremor, juntam-se ainda: a Sumba de Tó Trips e João Doce; o transe cinético de melodias texturadas e abstractas de Paisiel; o saxofone digressivo de Julius Gabriel; a graça e virtuosismo da viola d’arco de José Valente; e a aposta contínua do Tremor na emergência do hip hop açoriano com Fugitivo eGoldshake. Já a festa fica assegurada por La Flama BlancaD. WattsRiotVictor Torpedo Karaoke e DJ Milhafre.

Estes nomes juntam-se aos já confirmados Dead ComboBoogarinsMykki Blanco,LiimaAltın GünMdou MoctarAïsha DeviLone TaxidermistMal DevisaErmoThe ParkinsonsBaby DeeMiss RedWe SeaThe Mauskovic Dance BandVoyagers e muitos outros ainda por anunciar.

Os bilhetes para o Tremor 2018 podem ser adquiridos aqui.

TREMOR 2018 – MAIS UMA MÃO CHEIA DE CONFIRMAÇÕES

O Tremor 2018 apresenta mais uma mão cheia de confirmações para a edição deste ano do Festival. Da residência artística do rapper Mykki Blanco, que passa por São Miguel com objectivo de criar novas músicas, até ao espectáculo audiovisual de Aïsha Devi e Emile Barret, são cinco as novidades no cartaz de concertos desta quinta edição do Tremor. A estreia absoluta de Mal Devisa, projecto a solo de Deja Carr, neta do músico de jazz nova-iorquino Bruno Carr, e os regressos de Miss Red e Baby Dee, desta feita a solo e com concertos em nome próprio, completam a terceira leva de anúncios do festival açoriano.

O Tremor regressa ao arquipélago entre os dias 20 e 24 de Março, novamente com uma rota de actividades culturais que prometem um diálogo contínuo e diverso com a paisagem.

Quando, em 2010, Quattlebaum lançava os seus No Fear, projecto ligado ao punk industrial, poucos conseguiriam prever que, anos depois, se assumiria como uma das figuras líderes do que o próprio apelida de “riot grrrl rap”. De um vídeo à liderança de um movimento catalogado mediaticamente como queer hip hop, o espaço que Mykki Blanco conquistou é terra fértil no questionamento do universo simbólico de um género marcado por ideias de machismo e violência. Polémico, provocador e inesperado, rapper, artista e performer, Mykki é sinónimo de transgressão no desafio aos temas e às imagens do rap como o conhecemos, trazendo-lhe novos contornos sonoramente mais próximos da electrónica e rebatendo preconceitos e conceitos de identidade. Nesta estreia em território açoriano, Mykki fará uma residência de criação que servirá para compor alguns dos temas do próximo disco.

Não há texto sobre Aïsha Devi que deva começar sem referência à Danse Noire, editora santuário, fundada pela própria, e que tem vindo a explorar o espaço abstracto do techno e da música de dança. É sob este selo que Devi tem transmutado a sua herança nepaleso-tibetana em electrónica que aspira a ser pura meditação. Desde o lançamento de Of Matter And Spirit que acompanhamos esta viagem espiritual pelas suas origens, onde os mantras pop que produz nos desafiam a descobrir o não visível, balanceando-nos entre paisagens sonoras industriais e ritmos dançantes. Numa resposta ao desafio lançado pelo Tremor, Devi volta a juntar-se a Emile Barret, num espectáculo multidimensional onde música e imagem se encontram.

A voz de Deja Carr é uma força da natureza, um instrumento de rara amplitude embebido numa espécie de empatia universal intrínseca, que remete tanto a Nina Simone, como a Billie Holliday. Cresceu entre o Bronx e a cidade de Amherst, num percurso pessoal que parece ter-lhe desenhado o enquadramento intelectual com que olha o mundo. Com densidade lírica pousada em instrumentação escassa, Carr é, ao mesmo tempo, a voz de uma cidade pequena e uma lâmina que escalpeliza os problemas sociais de comunidades fracturadas. Com Kiid, disco de estreia editado com o alter ego Mal Devisa, Carr ganhou a atenção de meios como Stereogum e Pitchfork como disco do ano, ao acordar-nos para músicas que têm a amplitude recursiva do jazz, do hip hop e do blues.

Há um atrevimento latente em qualquer aparição de Miss Red. Ficou conhecida quando, em 2011, “roubou o palco” ao mítico produtor The Bug durante um concerto em Tel Aviv. Nessa altura, já era um membro dos East Rider, a crew de profetas do reggae responsável por grande parte das movimentações em torno dos sound systems por todo Israel. Diss Mi Army, lançado com The Bug, em 2012, sob protecção discográfica da Ninja Tune, foi o bilhete de avião para a conquista mundial e para os amores públicos de nomes como Andy Stott ou Evian Christ. Nos últimos cinco anos, tem cruzado o globo ao lado de Kevin Martin ou com os seus 3421.

Estreou-se nos palcos nacionais no âmbito da última tour mundial dos Swans, num espectáculo que teve tanto de excêntrico como de desconcertante. No currículo, lêem-se colaborações com instituições musicais como Antony Hegarty, Current 93, Little Annie, Will Oldham ou Andrew W.K., que lhe granjearam o epíteto de ser uma das mais interessantes descobertas musicais da última década. Cantautora com formação clássica, Baby Dee é uma espécie de lenda do underground nova-iorquino no universo transgénero, juntando, num mesmo palco, o virtuosismo do entretenimento circense com um extraordinário talento na interpretação de piano, acordeão e harpa.

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